AMIGAS E AMIGOS

Benvindos a este espaço onde podemos nos encontrar as vezes um no outro, nos enxergar no nosso próximo e no espelho de nossas almas. Desejo a todos, serenidade e uma vida de espiritualidade com Deus nos homens, porque Ele claro, está em cada um de nós que o buscamos! Com alegria: Erbson de Souza















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quinta-feira, 21 de junho de 2012

AS DORES DO HOMEM QUE SONHA

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Só das dores que eu andei, dos caminhos que eu chorei e das lágrimas que eu senti
pude sentir desesperos, chorar os meus devaneios e andar por onde me perdi...
Sonhei, sonhei e sonhei!
Doeu; mas eu fui mais forte, mesmo quando não havia sorte não deixava de lutar. E lutei!
Lutei, lutei e lutei!
Chorei, mas valeu e está valendo e das lágrimas que eu me lembro ainda sinto o sabor, do sal com o meu suor e dos calos em meus pés.
Andei, me cansei, sufoquei, mas não desisti e profundo respirei e pensei: eu não sonhei, não chorei, não andei e nem lutei em vão...
Estou aqui, eu venci!
Ora; do Cristo as dores foram companheiras, as lágrimas sorrateiras e pessoas açoitadeiras que não se distanciavam.
E os seus pés que calejados, dos caminhos caminhados jamais se queixou de dor, mas sempre dando amor, caminhava e caminhava.
Assim, também tive dores, mas eu também tive amores e aplausos e vitórias e muitas coisas além, mas não importa as vitórias, aplausos amores ou glórias se a dor não existiu...
Não saberia disso tudo o valor, pois a dor de um sonhador é a escada por onde ele subiu!

terça-feira, 22 de maio de 2012

EU NÃO SOU DIGNO


Nem de que entres em minha casa e muito menos no meu ser que chamas de templo.
Meu templo é a desorganização total de meu próprio sistema pessoal.
Me deste um título que eu não merecia me chamando de templo Teu. E agora o que é que eu faço?
Nem de que entres na minha casa, nem no templo que sou eu e que sou Teu e nem na minha vida, porque eu não tenho te adorado de toda minha alma e de todo meu coração.
Nem de que entres na minha casa, nem no templo Teu que sou eu, nem na minha vida, por não te adorar de coração e de toda alma e nem nas minhas vontades, porque eu nunca mais me doei a Ti e nem te disse que fosse feito em mim os seus desejos, mas deixei predominar por culpa do meu egocentrismo somente os meus anseios em mim.
Eu não sou digno ó meu Senhor, eu não sou digno!
E a impressão que me atormenta é que mesmo se disseres uma só doce palavra ainda assim não serei limpo e nem salvo porque a minha dignidade foi extinta pela volúpia suja e miserável que contaminou minha consciência quando não refreei meus impulsos malditos e mundanos, alienando minha alma para que ela já não se recordasse tanto de tão gloriosa grandeza que é a sua potencia em amor, em espírito e em puríssima verdade e dons.
Não sou digno e sei ó meu Senhor, que a frieza e a tétrica imagem de minha alma que vaga na solidão desse desconsolo, nas trevas sombrias de muitas circunstancias de minha infernal vida, são o que me impede de sentir os hálitos acalorados de seu Santo Espírito Paternal, que me busca insistente como o pai do pródigo filho há quem muito pouco me equiparo, porque este ainda tinha dos porcos as bolotas que o alimentava, mas eu, por esse orgulho diabólico que foi injetado em mim pelo dono do mundo, satanás; vai me fazendo mais desmerecido de Ti, mais ainda do que o ser humano que tem a mais humana miséria e minguando as minhas condições e apodrecendo a minha existência, deseja vingar-se de Ti em mim, para dizer-te que me ganhou, alardeando-se em vastas e longas gargalhadas de atrevida prepotência!
Não sou digno se quer de ser por ti escutado, mesmo eu tendo sido pelo inimigo ludibriado...
Mas imagino aqui, tão pobre e já quase por um fio derrotado que quem sabe bem perto estejas Tu do meu lado a velar-me, mesmo eu tendo no que me resta consciente que de Ti eu não seja de todo um eterno indigno e mais um pródigo nada inocente que do Pai foi separado!

quarta-feira, 30 de novembro de 2011


EU TE AMO
...E assim depois de Eva e adão, prosseguiu a famosa frase que queria expressar humanamente o amor divino deixado pelo Amor Maior como sinal de imagem e semelhança deste Deus a quem chamamos Senhor.
Eu te amo é por excelência a forma mais clara elaborada por Deus para deixar claro aos homens a imensa dedicação que tinha por todos nós.
E já que somos imagem e semelhança sua, herdamos pela mesma excelência o dom de amar e também a capacidade bela de dizer o eu te amo...
O tempo passou desde o gênesis e milhares de anos depois ainda podemos ouvir todos os dias esta frase que já nem surte mais efeitos e que nem mais comove os corações como no início da criação do homem.
Eu te amo é sim banalizado, usado, usurpado, mal expressado e mal entendido por muitas cabeças e corações.
Já quase não se pode dizer a um amigo ou amiga esse eu te amo, porque esta pequena frase está relacionada a mediocridade por culpa do que o homem fez com a literalidade e principalmente nos tempos de hoje o qual chamamos moderno.
Às vezes não me conformo com o termo moderno usado por todos para indicar os dias atuais!
Tenho a impressão de que o caráter do homem não evoluiu o que deveria evoluir junto com o tempo...
Eu quero poder dizer a todos o eu te amo de Jesus Cristo, de Francisco de Assis, de Antonio de Lisboa, de Tereza dos Andes, de João Paulo II e de todos aqueles que souberam literalmente o significado da doação sem limites em prol de qualquer um ou qualquer coisa.
É... Perderam a noção do que é o amar!
Na verdade não é bem isso, o que acontece e se é que eu posso opinar; perderam na realidade a capacidade de expressar esse amor que só se sabe sentir e que só está em nós por culpa de Deus, porque sem esta presença divina nem este sentimento teríamos para nos sentir mais gente e menos vazios.
Eu te amo deve ser dito!
Eu te amo deve fazer parte da mesa do café da manhã.
Eu te amo deve ser reaprendido.
Eu te amo deve ser exercitado.
Eu te amo deve ser ensinado ainda no ventre.
A criança no ventre é uma semente e tal qual como a rosa mais bela que se aprecia num jardim ficará mais encantadora se crescer dizendo o verdadeiro e expressivo eu te amo!
O que falta no homem é a prática e o exercício dos conceitos e valores que já se tem!

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

OS ANINHOS DE MAMÃE


Ao nascer eu; tinha mamãe trinta e três e eu zero dos anos os tinha
Todo cru nessa vida de dores
Não sabia de Deus os valores nem o que pela frente viria.
Fui saltando assim do primeiro para no segundo ano eu entrar
E no peito de minha mãezinha a olhava fazendo gracinha com tal fome o seu seio a sugar.
Quando dei-me por conta já tinha, os dez anos de criança vivente
Que do colo da genitora, tão decente e qual protetora não deixava fazer-me ausente!
Já estava mamãe com quarenta e mais três que tentava esconder, sendo assim o modismo da época como quem faz a coisa certa a mania de não envelhecer.
Dei por conta que os anos passavam quando vinte e um eu cumpri
Olhei para os anos de minha mãezinha, mais madura agora a via e seus cinqüenta e quatros estavam ali...
Foi nascendo em mim um remorso por saber tal fatalidade
Que a vida é mesmo assim mesmo que se insista em fugir nos dará de repente a idade
Completei então vinte e cinco e que bela claridade me veio, a iluminar minha mente, por saber tão consciente que ainda a tinha em meu meio!
Dos carinhos de um filho porém, comecei sempre mais a lhe dar
E temente de sua idade pois que a morte é realidade minha alma se pôs a chorar.
Quando então os trinta eu completo completou sessenta minha genitora
Com mais três escondidos no ego, mesmo eu me fazendo de cego como quem é o dono das horas.
Agora tenho trinta e dois e trinta e três já caminho a cumprir
Minha mãe fez sessenta e cinco é verdade eu confesso e não minto
Eu não sei o que estou a sentir.
Mas me disse solene mamãe, que é assim esta vida de auroras...
Tira os bens que são os nossos sonhos nos deixando às vezes tristonhos para a morte fazer-se senhora.
Ah mãezinha, que ainda te tenho comigo... Sintamos junto o sabor desse mel
Desfrutando este resto da vida enquanto brilha este resto de sol...

terça-feira, 27 de setembro de 2011

NAS MANHÃS DOS MEDOS MEUS



Oi Deus!
Já é manhã, eu sei Senhor; acaba de clarear o dia, mas eu ainda tenho medo...
Sei que já não predomina mais a noite nem o escuro que assusta, nem o silêncio interrompido por sussurros imaginários, nem o uivo macabro do vento na madrugada. Sei que já amanheceu, mas eu ainda tenho medo Deus!
Tenho medo do homem, e agora te peço que ao contrário de me ninar nas noites minhas com tua pura proteção, me cuides, me veles, me valhas e me espreites com redundante amor no decorrer deste dia porque os homens que se afastaram de ti e os que te seguem hipocritamente passaram a noite maquinando como tirar-me a paz!
Agora, Deus, devo deparar-me com tamanha indelicadeza que assola a humanidade, os pequeninos, os pobres e os menos capacitados e os desprovidos de cultura; coisa nem tão simples assim, mas necessária para entender de injustiça.
Já amanheceu, Senhor, mas eu ainda sinto medo. Tenho medo dos homens!
Eles levam um pedaço de mim cada vez que eu grito por justiça, um pedaço maior cada vez que os faço saber que eu sei como eles atuam...
Ainda bem, Senhor, que me destes um coração infinito, se não, de pedaço em pedaço que me arrancam todos os dias eu já não teria mais com o que amar, nem com o que chorar pelos meus irmãozinhos sofredores e nem com o que gritar, porque para gritar por justiça, só mesmo com um coração novo, nem que seja cicatrizado, mas diariamente renovado!
Olha o sol que desponta Senhor, lá atrás do Cristo no morro!
Os seus primeiros raios já estão chegando a minha janela e no rosto meu, e junto com eles o teu cuidado, porque eu ainda tenho medo.
Tal como quando adormeço nos mimos dos braços teus, nas noites dos medos meus, desperta-me agora Deus, para que nesse mais um dia de vida eu lute por quem morre um bocadinho todas as manhãs e tardes amargando os dissabores provocados pela tirania de cada um dos adeptos da maldade, da avareza, da opressão,da mentira, da dissimulação que fere, da hipocrisia, enfim...
E que chegue a noite, para que mesmo assolado e de alma muito fraca, não perca a esperança de que nos medos noturnos me dará afago, descanso e coragem revigorada para enfrentar os medos que o dia seguinte por ventura nos possa trazer.
Mas agora Deus, já é manhã e eu sinto medo. Medo do homem!
A minha coragem de abrir a porta da vida e viver parece escassa, porém me lembro de ontem à noite quando me colocavas para dormir e que me dissestes que ao amanhecer eu teria um novo coração, em tudo infinito: infinito de amor, infinito de força, e mais que tudo infinito de fé. Mas, agora, nesta manhã, me mandas ir avante, porém sozinho.
Como a mãe, quando éramos pequenos, também Tu ficas a nos olhar do portão da nossa existência até que dobremos meio que assustados, mas com coragem sutil a esquina dos nossos dias!
Não te afastes Deus, porque já é manhã e eu tenho medo!