
Ao nascer eu; tinha mamãe trinta e três e eu zero dos anos os tinha
Todo cru nessa vida de dores
Não sabia de Deus os valores nem o que pela frente viria.
Fui saltando assim do primeiro para no segundo ano eu entrar
E no peito de minha mãezinha a olhava fazendo gracinha com tal fome o seu seio a sugar.
Quando dei-me por conta já tinha, os dez anos de criança vivente
Que do colo da genitora, tão decente e qual protetora não deixava fazer-me ausente!
Já estava mamãe com quarenta e mais três que tentava esconder, sendo assim o modismo da época como quem faz a coisa certa a mania de não envelhecer.
Dei por conta que os anos passavam quando vinte e um eu cumpri
Olhei para os anos de minha mãezinha, mais madura agora a via e seus cinqüenta e quatros estavam ali...
Foi nascendo em mim um remorso por saber tal fatalidade
Que a vida é mesmo assim mesmo que se insista em fugir nos dará de repente a idade
Completei então vinte e cinco e que bela claridade me veio, a iluminar minha mente, por saber tão consciente que ainda a tinha em meu meio!
Dos carinhos de um filho porém, comecei sempre mais a lhe dar
E temente de sua idade pois que a morte é realidade minha alma se pôs a chorar.
Quando então os trinta eu completo completou sessenta minha genitora
Com mais três escondidos no ego, mesmo eu me fazendo de cego como quem é o dono das horas.
Agora tenho trinta e dois e trinta e três já caminho a cumprir
Minha mãe fez sessenta e cinco é verdade eu confesso e não minto
Eu não sei o que estou a sentir.
Mas me disse solene mamãe, que é assim esta vida de auroras...
Tira os bens que são os nossos sonhos nos deixando às vezes tristonhos para a morte fazer-se senhora.
Ah mãezinha, que ainda te tenho comigo... Sintamos junto o sabor desse mel
Desfrutando este resto da vida enquanto brilha este resto de sol...
Olá meu caro... Saudações em Cristo.
ResponderExcluirVenho alguns dias acompanhando a Divindade nos recônditos de seus traços. Cheios de amor e de experiencia sacramental de um Deus que se revela a cada poesia, a cada texto publicado. Acredito que se a poesia Divina dominasse nosso espaço, o inferno que muitos dizem que vive seria apenas mais uma crônica, porém sem tempero, sem o docê da graça... Espero que possamos partilhar algumas experiencias, sendo, eu aqui com meus pensamentos e você ai com sua vocação literária. Atenciosamente, Cleyton Silva
QUÃO BONDOSO É O NOSSO DEUS...Essa sintonia entre mãe e filho, filho e mãe. Maravilhoso don: o de ser Mãe e, o de ser Filho. Permitindo a aprendizagem e à perfeição de ambos. Pois para isso é que viemos.
ResponderExcluirQue Deus continue permitindo o amadurecimento de ambos nesta vida tão passageira e que fique o exemplo para nós do amor e respeito que devemos ter para com nossas mães, e, de nós mães para com nossos filhos.